Sunday, December 9, 2007

06 - Cidade

Nordeste reduz diferença de desenvolvimento para o Sudeste, aponta BNDES
- Cirilo Junior


O Nordeste diminuiu a diferença de desenvolvimento medida pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) em relação à região Sudeste, a mais desenvolvida do País.

O dado faz parte do IDS-BNDES (Índice de Desenvolvimento Social) de 2006, divulgado pelo banco recentemente.

Em 1995, o indicador do Sudeste era 4,5 vezes maior do que o do Nordeste. A diferença caiu para 2,4 vezes, de acordo com o levantamento mais recente. Contribuíram decisivamente, segundo o superintendente da área de pesquisa e acompanhamento econômico do BNDES, Ernani Torres, o aumento da renda na região mais pobre do país, maior acesso à água e maior tempo das crianças nas escolas locais.

"Em relação à renda, as políticas sociais do governo Lula explicam o avanço do Nordeste. Houve avanços nas áreas de saúde e educação, mas ainda são notados dois países. Um, socialmente mais desenvolvido, é formado pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O outro, menos desenvolvido, é composto pelo Norte e Nordeste", afirmou Torres.

O IDS avalia as diferenças sociais entre regiões e estados brasileiros, em um único indicador, que varia entre zero e um, sendo medido a partir dos dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio).

O desenvolvimento social da pesquisa é medido pela renda (rendimento mensal domiciliar), pela saúde (esperança de vida ao nascer, domicílios com rede de esgoto e domicílios com abastecimento de água) e educação (taxa de alfabetização e média de anos de estudo da população ocupada).

No plano geral o Sudeste passou de 0,74 em 2005, para 0,77 no ano passado; em seguida veio o Sul, que passou de 0,68 para 0,71, e o Centro-Oeste, que passou de 0,61 para 0,65 no ano passado. A região Norte subiu de 0,36 para 0,39 de avaliação, e o Nordeste veio depois, passando de 0,30 para 0,35.

Em 1995, ano-base do IDS, o Nordeste tinha 0,13, bem atrás da região Norte, com 0,32. O Sudeste também liderava o índice, com 0,64, seguido pelo Sul com 0,54 e pelo Centro-Oeste, com 0,44.

"Mais de uma década depois, nota-se a concentração dos dois grupos. Sul,
Sudeste e Centro-Oeste estão mais agrupados. Bem abaixo, Nordeste e Norte já encontram-se bem próximos. O salto do Nordeste foi bastante significativo", comentou o economista Francisco Marcelo Ferreira, um dos responsáveis pelo levantamento do IDS.

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