
Mais uma chance para Kyoto
Em mais uma tentativa de chegar a um acordo sobre o protocolo de Kyoto, países industrializados parecem ainda não terem se decidido entre perpetuar os interesses econômicos e o consumo exagerado baseado no acesso barato aos recursos naturais, ou a proteção do mundo natural para futuras gerações
O futuro do planeta parece estar nas mãos das negociações que começaram em Bali, dia 3 de dezembro, onde 191 países se reuniram para tentar chegar a um acordo para lidar com o aquecimento global.
"Acredito estarmos à beira de uma catástrofe, se não agirmos", o Secretário Geral da ONU disse, dias antes da conferência.
Mesmo se algumas medidas forem realmente aprovadas, o fracasso da conferência em si é inevitável.
Em mais uma tentativa de chegar a um acordo sobre o protocolo de Kyoto, países industrializados parecem ainda não terem se decidido entre perpetuar os interesses econômicos e o consumo exagerado baseado no acesso barato aos recursos naturais, ou a proteção do mundo natural para futuras gerações
O futuro do planeta parece estar nas mãos das negociações que começaram em Bali, dia 3 de dezembro, onde 191 países se reuniram para tentar chegar a um acordo para lidar com o aquecimento global.
"Acredito estarmos à beira de uma catástrofe, se não agirmos", o Secretário Geral da ONU disse, dias antes da conferência.

Mesmo se algumas medidas forem realmente aprovadas, o fracasso da conferência em si é inevitável.
Dois dos maiores emissores de gases responsáveis pelo efeito estufa - os EUA e a China - vêm deixando absolutamente claro não terem intenção alguma de aceitar nenhum limite estabelecido que possa diminuir seu crescimento.Perspectivas mais otimistas da conferência são as c
hances de chegar a um acordo para estabelecer um tratado final que substitua o Protocolo de Kyoto. "Essa é provavelmente a última chance em frear o aquecimento global. Se não fizermos nada, não terá mais volta nos próximos 10 anos" - Philip Clapp, presidente da National Environmental Trust.Mesmo com as dificuldades, ambientalistas têm sido mais esperançosos - a China têm se mostrado mais interessada em dialogar sobre suas emissões de dióxido de carbono, e os EUA têm estado sobre grande pressão para aceitar as medidas impostas.
Com a eleição de um governo pro-Kyoto na Austrália, os EUA ficou isolado como o único do mundo a se negar a assinar o protocolo. Além disso, as eleições no ano que vem aumentam as chances de um Partido Democrático vencer, favorecendo o protocolo.
Com a administração de Bush rejeitando qualquer limite nas suas emissões, o público tem exigido alguma ação maior. Um dos motivos para falta de apoio dos EUA é que o protocolo permitiu países em desenvolvimento - especialmente a China - a se isentar dos mesmos limites de emissões. A China, por outro lado, insiste que os países industrializados têm que assumir a liderança por seu papel histórico como os maiores poluidores - criando um debate que causa motivo para ninguém tomar ação.
Apesar disso, a China têm se mostrado mais interessada em reduzir suas emissões de CO2 - principalmente devido à descoberta de que o aquecimento global pode os prejudicar economicamente. Estudos mostram que as plantações de arroz da China podem se destruir em 37% até a segunda metade do século com o aquecimento atual, além de secas e falta de água, se nada for feito.
Mas um dos grandes objetivos da China na conferência atual é convencer os países desenvolvidos a transferir suas tecnologias ecologicamente amigáveis para eles da forma mais barata possível - e para obter essa tecnologia, países do norte têm de deixar de lado a insistência em proteger os direitos de propriedade dessa tecnologia.
O atual governo canadense tem uma posição anti-Kyoto - exigem que países em desenvolvimento como Índia, China e Brasil tenham os mesmos cortes de emissões que países industrializados. O Canadá fica em sétimo lugar no ranking mundial de emissão de gases.
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